1900
O último censo do século XIX registrou um período de
crescimento vertiginoso para São Paulo, que então se transformara numa cidade
de 240.000 habitantes. Antigas chácaras ao redor do núcleo histórico da cidade
eram loteadas e a área urbana se expandia continuamente. Ferrovias faziam a
ligação com o interior, onde se produzia o café, e com o porto de Santos, por
onde ele era exportado. São Paulo se firmava como o mais dinâmico centro
comercial e financeiro da Província.
A ferrovia Santos-Jundiaí foi inaugurada em 1867, operada
pela The São Paulo Railway Company Ltd., mas as instalações da grande estação
de passageiros no bairro da Luz entraram em uso apenas em 1901.
Em 1891 aconteceu a inauguração da Avenida Paulista,
projetada pelo engenheiro Joaquim Eugênio de Lima. Sua grandeza, na época, já
apontava para sua vocação de futuro símbolo da cidade. Possuia três vias
separadas por fileiras de magnólias e plátanos e era ladeada por imensos lotes
onde foram sendo erguidos os palacetes que a caracterizaram até por volta de
1970. Já apedregulhada em 1894, foi beneficiada em 1903 com a colocação de
macadame em seu leito, sendo a primeira via pública asfaltada e arborizada de
São Paulo.
Em 1899 a colônia inglesa inaugurou, na Avenida Paulista
o Colégio Anglo-Brasileiro, cujas instalações foram, a partir de 1918, ocupadas
pelo Colégio São Luiz. Em 1906 foi construído, no início da Avenida, um
sanatório pelas irmãs da Ordem de Santa Catarina, mais tarde transformado no
atual Hospital Santa Catarina. Data da mesma época a sede do Instituto Pasteur.
Fonte: http://sampacentro.terra.com.br
1950 :
Nos
anos 50 São Paulo viu sua população passar de pouco mais de 2 milhões de
habitantes para mais de 3,5 milhões. O dinamismo da economia refletia-se então
no aumento da população: a cidade crescia impulsionada pelo movimento de
expansão do setor industrial. As correntes migratórias respondiam por grande
parte do crescimento demográfico e eram geradas especialmente na região
Nordeste, trazendo mais e mais pessoas, atraídas pela possibilidade real de
incorporação dos recém chegados ao mercado de trabalho, seja nas fábricas, seja
na construção civil. Na segunda metade da década a indústria automobilística
tornou-se o motor do crescimento econômico, com as novas fábricas instaladas em
municípios vizinhos ao da capital, na região que ficou conhecida como ABC (Sto.
André, S. Bernardo e S. Caetano do Sul).
A
região central de São Paulo fora ocupada pelos arranha-céus, tanto na porção de
seu núcleo histórico, a leste do vale do Anhangabaú, conhecida como Centro
Velho – abrigando especialmente sedes de bancos e instituições financeiras –
como na porção oeste do vale, em direção à praça da República e conhecida como
Centro Novo – onde se instalaram sobretudo atividades comerciais e de serviços,
em ruas como Barão de Itapetininga, Xavier de Toledo, Conselheiro Crispiniano,
24 de Maio, Dom José de Barros.
As
avenidas São João e Ipiranga delimitavam a Cinelândia, principal pólo de
entretenimento e de vida noturna da capital, com seus muitos cinemas,
restaurantes, bares e calçadas iluminadas por enormes letreiros de néon.
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