‘’A cidade de São Paulo superou nos últimos 30 e poucos
anos, a sua condição anterior de metrópole do café.E entre os fatores de seu
crescimento,que pode ser classificado como extraordinário, alem do surto
cafeeiro na província a partir da segunda metade do oitocentismo, e do
desenvolvimento da imigração, particularmente a italiana, naquele mesmo período,
deve de fato ser lembrada, a partir aproximadamente da primeira grande guerra,
a expansão decisiva do parque industrial paulistano, exigindo espaços enormes
para a localização de fabricas e de oficinas, e traduzindo-se no loteamento de
grandes propriedades na área suburbana.’’ – HISTORIA E TRADIÇÕES DA CIDADE DE SÃO
PAULO, VOLUME III – ERNANI SILVA BRUNO.
‘’A ampliação da área da cidade, nessa fase
mais recente de sua existência, atingiu por isso a proporções incomuns, e a
esse crescimento deve se acrescentar aquilo que um escritor chamou de ‘’a
influencia exterior da cidade’’ sobre o semi-deserto que havia em torno dela: a
multiplicação das indústrias agrárias, do carvão de lenha, e dos locais para a diversão
e recreio, como Santo Amaro e a Cantareira.
A esse desenvolvimento considerável não podia
deixar de corresponder uma extrema intensificação da existência urbana, que
marcaria, com cores ainda menos tropicais, a fisionomia da cidade.’’ - HISTORIA
E TRADIÇÕES DA CIDADE DE SÃO PAULO, VOLUME III – ERNANI SILVA BRUNO.
O auge do período do café é
representado pela construção da segunda Estação da Luz (o atual edifício) no fim do século XIX e pela avenida Paulista em 1900, onde se construíram muitas
mansões.[31]
O vale do rio Anhangabaú é ajardinado e a região situada à sua
margem esquerda passa a ser conhecida como Centro
Novo. A sede do governo paulista é transferida, no início do século XX, do Pátio do Colégio para os Campos Elísios. São Paulo abrigou, em 1922, a Semana de arte moderna que foi um marco na história da arte no Brasil. Em 1929, São Paulo ganha seu primeiro arranha-céu, o edifício Martinelli.[31]
As modificações realizadas na cidade por Antônio da Silva Prado,
o Barão de Duprat e Washington Luís, que governaram de 1899 a 1919, contribuíram para o clima de desenvolvimento da cidade;
alguns estudiosos consideram que a cidade inteira foi demolida e reconstruída
naquele período.[33]
Com o crescimento industrial da cidade, no
século XX, para a qual contribuiu também as dificuldades de acesso às
importações durante a Primeira Guerra Mundial, a área urbanizada da cidade passou a
aumentar, sendo que alguns bairros residenciais foram construídos em lugares de
chácaras. A partir da década de 1920 com a ratificação do curso de rio Pinheiros e reversão de suas águas para
alimentar a Usina Hidreléctrica Henry Borden, terminaram os alagamentos nas
proximidades daquele rio, permitindo que surgisse na zona oeste de São Paulo, loteamentos de alto padrão conhecidos hoje como a "Região dos Jardins''
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