A primeira coisa a se reconhecer no tópico da
casa na cidade de São Paulo, a partir da época da primeira grande guerra até os
dias de hoje é a sua multiplicacao muito mais intensa, como é evidente, que na
fase anterior, acusando mesmo índices raramente atingidos em qualquer parte do
mundo.
A cidade que contava menos de sessenta mil
edificações em 1918-1919, estava com quase cem mil em 1928, com mais de
duzentas e trinta mil nas zonas urbana e suburbana em 1944. Assim, em 50 anos, de 1900 a 1950, a população de São
Paulo aumentou em mais de nove vezes seu tamanho.
Em termos
médios, isso representou uma taxa de crescimento de 4,5% anuais. Foi um
processo extremamente rápido, alimentado por numerosos contingentes de
migrantes do interior do estado, de Minas Gerais, dos estados do Nordeste e
mesmo de outros países (Itália, Portugal, Espanha, Japão, Oriente etc). Movida
pelos investimentos públicos e privados, a economia paulistana crescia a taxas
elevadas, abrindo oportunidades de emprego e acesso a serviços públicos e
privados a enormes contingentes de migrantes que, em sua maioria, na origem
vivenciavam um quadro completamente oposto, marcado pela inação econômica,
insuficiência de oferta de vagas no mercado de trabalho e
"desassistência" do poder público. Contudo, os recursos que traziam e
a renda auferida na capital não permitia aos migrantes mais que residir
precariamente nos cortiços centrais e nas extensas áreas não ocupadas à beira
dos rios e vias de grande circulação, situadas nas zonas periféricas da capital
e nos municípios vizinhos. A partir dos anos 1960, como decorrência dos efeitos
da interiorização do desenvolvimento econômico no estado de São Paulo, as taxas
de crescimento da RMSP e da capital começam apresentar algum arrefecimento. A
população do município de São Paulo, que ainda crescia a 3,7 % ao ano nos 1970,
apresentaria uma forte queda no ritmo de crescimento na década seguinte (1,2%
ao ano), passando a apresentar, pela primeira vez na sua história recente, mais
saídas de pessoas do que entradas de migrantes. A capital paulistana estava
pois perdendo seu poder de atração e retenção migratória, no bojo da crise do
emprego, da perda do dinamismo industrial, do redirecionamento dos fluxos
migratórios para cidades médias, da amplificação do fenômeno de retorno dos
migrantes do Nordeste e de outras regiões. A violência, a perda de qualidade de
vida, os problemas de poluição sonora, do ar e visual e outras deseconomias da
aglomeração também passaram a ter peso crescente na decisão de saída de
famílias da capital, sobretudo as de classe média e média-alta, que passaram a
se dirigir a outras cidades próximas na Região Metropolitana, na Baixada
Santista e em localidades mais distantes, na região de Campinas, Atibaia e São
José dos Campos.
A QUESTAO DA SAUDE :
O progressivo aumento populacional das
cidades exige resposta das autoridades.Esta se faz sentir mais intensamente a
partir de 1892, quando, usando medidas modernizantes, o estado intervém nos
campos de saúde, da energia, da urbanização, etc..
Em uma serie de medida, o estado passa a
pensar na canalização de água e esgotos.Em 1893, a Reparticao dos Servicoes
Técnicos de Água e Esgotos foi criada pelo governo.Dois anos depois, a capital
atinge suprimento de água de 27 milhoes de litros, em 24 horas, em vez dos 3
milhoes anteriores.
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